Sai ano, entra ano, e a virada promete revelações e idealizamos mudanças. A educação está nesta conjuntura e recai na qualidade do ensino para o futuro de gerações. Porém, mais uma vez, a gestão governamental do Beto Richa (PSDB) ocupa os noticiários e indagações quando se aproxima o fechamento da folha salarial de janeiro e os valores propostos para os salários são inferiores ao que deveria ser para o ano de 2017.
Os números não são inventados. De acordo com a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (11), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano de 2016 em 6,29%.
Sendo este o percentual, acrescido de 1%, que, de acordo com a Lei 18.493, proposta por deputados da base do governo do Estado e aprovada em 2015, deveria ser pago de reajuste ao funcionalismo público no Paraná. É justo prejudicar aproximadamente 70 mil educadores(as) que estão com um “rombo” nos seus salários por conta do atraso na implementação dos seus direitos? E agora Beto Richa, vai dar calote nos(as) servidores(as)?
A APP-Sindicato reforça que a suposta crise econômica nos cofres públicos foi por água abaixo com o recente anúncio da Secretaria da Fazenda que, em 2016, apresenta que o Paraná fechou suas contas com uma arrecadação de R$ 46,2 bilhões, correspondentes a um aumento de 7,2%.
A luta continua! A retrospectiva da APP mostra a realidade e que as constantes mobilizações a favor da educação não cessam. Inclusive, ano passado, entre os temas que nortearam a pauta da grave da categoria, estavam a dívida da data-base e do pagamento das promoções e progressões, assim como a implementação do Piso Salarial Nacional.
Para a secretária de Finanças da APP e representante do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), professora Marlei Fernandes de Carvalho, a intransigência do governo é evidente. “É uma escolha política que exclui a maioria dos servidores e servidoras. Significa confiscar os nossos recursos e deixar o serviço público ainda mais precário. Os números comprovam que estávamos certos quando questionávamos o governo e as lideranças no ano passado”.
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