Mais de 80 cidades já confirmaram presença nas manifestações populares neste 7 de setembro. As mobilizações, organizadas pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais têm como objetivo a luta por mais empregos; contra o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis; contra o aumento do custo de vida e a baixa no poder de compra; contra as privatizações; contra a reforma Administrativa (PEC 32) e contra a reforma Trabalhista de Bolsonaro.
A mobilização faz parte da 27ª edição do Grito dos Excluídos. “Tem gente que não coloca a vida em primeiro lugar. É triste quando se coloca em primeiro lugar o lucro, a ganância. Além disso, hoje também tem muita gente colocando em primeiro lugar o preconceito, a violência, a tirania. É preciso servir, valorizar e defender a vida. Nesse tempo de pandemia, de morte, a vida precisa retornar ao seu lugar. O grito é esperança”, afirmou Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em entrevista à CNTE.
Confira as mobilizações marcadas no Paraná
Campo Magro – Nova Esperança | 9h30
- Haverá inauguração da padaria solidária, além da partilha de alimentos e plantio de árvores.
Colombo – Praça Santos Andrade |
Curitiba – Praça Santos Andrade | 16h
Londrina – União da Vitória | 9h
Maringá – Estádio Willie Davis | 15h
Calçadão Beira Mar (Matinhos/Caiobá) | 9h
Umuarama – Praça Miguel Rossaffa | 16h
Nestes 27 anos de história, o Grito dos Excluídos e das Excluídas mudou a cara do 7 de Setembro e da Semana da Pátria, chamando o povo para descer das arquibancadas dos desfiles cívicos e militares e participar, ativamente, na luta por seus direitos, nas ruas e praças, nos centros e nas periferias de todo o Brasil. Para ecoar seus gritos de denúncia e de anúncio de um projeto de país mais justo e igualitário, na defesa da dignidade da vida em primeiro lugar.
O QUE NOS MOTIVA A GRITAR EM 2021?
As quase 580 mil mortes pela COVID-19, muitas das quais poderiam ter sido evitadas;
A corrupção na negociação de compra e distribuição das vacinas contra a COVID-19 (CPI);
O desmonte da saúde pública (SUS);
A carestia e a fome que voltaram com tudo e assolam as camadas empobrecidas da população;
O desemprego;
O desvio do dinheiro público, através do orçamento federal, para o pagamento de juros da dívida pública, ao invés de investir em políticas sociais;
A falta de moradia, que se agrava com os despejos criminosos;
A não demarcação das terras indígenas e o grito profético dos povos indígenas dizendo “Não ao Marco temporal”;
A denúncia contra o tratamento dado aos povos em situação de rua, sejam de qualquer origem, migrantes e refugiados ou deslocados internos, que lutam e resistem por dignidade e cidadania universal no Brasil;
A cultura do ódio disseminada pelo governo federal e seus aliados que ataca e retira os direitos humanos de mulheres, LGBTQIA+, negros(as), dos povos originários – Indígenas e Quilombolas, das pessoas portadoras de deficiência, do(as) trabalhadores(as), dos setores excluídos da sociedade.
Com informações: CUT, CNTE, MST-PR e Grito dos Excluídos