Uma data para nunca esquecer, principalmente em momentos em que a educação é tão atacada. No dia 30 de agosto de 1988, o então governador Álvaro Dias foi o mandante de um massacre que até hoje está marcado na memória dos(as) educadores(as) que lutaram por uma educação de qualidade e condições dignas de trabalho. Em memória aos que lutaram e para alertar os que lutam, a APP-Sindicato realizará ações em todo o estado.
As mobilizações terão início a partir do domingo (29), com uma ação virtual nas redes sociais. Todos(as) os(as) trabalhadores(as) da educação podem participar e ser solidários(as) postando na sua rede social uma foto durante a greve de 1988 ou em um dos 31 atos de rua ao longo dos últimos anos com as seguintes hashtag #30deAgosto #BastaDeViolência.
“É muito importante que a gente intensifique desde o domingo as nossas mobilizações sobre o dia 30 de agosto. Vamos publicar nossas memórias de luta, compartilhar fotografias de manifestações que tivemos ao longo destes 33 anos. O pessoal que esteve no 30 de agosto coloque sua própria experiência, compartilhar essas memórias para criar uma movimentação capaz de criar e trazer essa experiência de resistência para nossos(as) jovens estudantes e professores(as) mais jovens”, convida o presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão.
Já na segunda-feira (30), educadores(as) participam de um ato no Centro Cívico, em frente ao Palácio Iguaçu, local onde ocorreu o massacre. Além de relembrar da luta desta trágica data, os(as) profissionais devem fazer a denúncia dos ataques do governo Ratinho Jr, o qual promove uma política de retirada de direitos, precarização do trabalho na educação e desvalorização dos(as) trabalhadores(as) da educação.
Já a partir das 19h, a APP-Sindicato fará a projeção de um vídeo no centro de Curitiba com a denúncia e homenagem aos Professores(as) e Funcionários(as) de escola que continuam lutando para garantir que a educação pública no Paraná seja emancipadora e de qualidade.
Há 33 anos, a cavalaria contra educadores(as)!
Na data, uma greve mostrava a defesa dos(as) trabalhadores(as) por melhores condições de trabalho, salários dignos, investimentos para as escolas públicas de qualidade e contra as formas de violência praticadas pelos governos.
Da concentração pacífica e legal organizada na região central curitibana, o cenário mudou drasticamente quando os(as) participantes se concentraram no Centro Cívico (Centro dos Poderes) da capital paranaense. A recepção foi feita por policiais militares que prosseguiram as boas-vindas com cavalos, cães e bombas de efeito moral contra os(as) manifestantes.
Um verdadeiro campo de batalha que feriu fisicamente e moralmente muitos(as) profissionais da educação. Sangue correndo e desespero para quem tentava sobreviver à atuação coordenada pelo governador Álvaro Dias. Uma verdadeira história sem invenções e nem dublês. Cenas da vida real que deixaram mais um ensinamento de luta e de resistência contra violências e agressões.