29 de janeiro lembra a importância do respeito e inclusão da população trans APP-Sindicato

29 de janeiro lembra a importância do respeito e inclusão da população trans

APP-Sindicato defende que os espaços escolares sejam ambientes de promoção do conhecimento, do respeito e do combate à transfobia

Neste sábado celebramos o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data marca a trajetória de desafios das pessoas travestis e transexuais e é comemorada desde 2004 quando um coletivo de homens e mulheres e travestis foram a Brasília lançar a campanha “Travesti e Respeito” para promover o direito à cidadania e pedir respeito.

Em todo o mundo, as pessoas trans são o grupo que mais sofre violência, assédio e discriminação. Violações de direitos humanos que vão de bullying e abuso verbal à negação de assistência médica, educação, trabalho e moradia, à criminalização, prisão e detenção arbitrária.
Apesar de a transfobia ser crime no Brasil desde 2019, o país é ainda o que mais mata pessoas trans e travestis em todo o mundo pelo 13° ano consecutivo. No primeiro semestre de 2021, foram 80 assassinatos motivados por transfobia. Em 90% dos casos, a vítimas são mulheres trans.

Para o secretário executivo da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTQIA+, professor Clau Lopes, o ranking da violência tem ampla fundamentação no ambiente político. “Vivemos em uma sociedade regida  por um fundamentalismo religioso que condena tudo o que foge da heteronormatividade branca e capitalista. A falta de respeito com o indivíduo se reflete na intolerância e na ausência de políticas públicas que eduquem para a igualdade e promovam condições dignas de vida e trabalho para todos e todas”, explica o professor.

A APP-Sindicato reforça, neste dia 29, o compromisso de provocar os debates acerca de todos os temas educacionais e o universo das atividades que podem ser trabalhadas em sala de aula – como o debate imprescindível de gênero e combate às violências nos espaços escolares e na sociedade. “Tanto a comunidade escolar  quanto as família têm um papel fundamental na desmistificação de preconceitos e estigmas criados pela sociedade patriarcal. Precisamos dar apoio e o ambiente adequados para o desenvolvimento também das travestis, mulheres transexuais e homens trans”, evidencia Clau.

Você pode fazer a diferença

Procure conhecer sobre as experiências de pessoas trans (histórias de vida, conquistas, questões e pautas do movimento).
Use os termos, pronomes, gêneros e nomes que as pessoas tenham escolhido para si.

Não fique calado se você presenciar ou tiver conhecimento de qualquer forma de estigma, discriminação ou violência contra pessoas trans.
Promova a sua escola como um espaço de divulgação do conhecimento e, sobretudo, de acolhimento onde alunos(as), educadores(as) e familiares trans possam exercer seu papel humano e profissional de forma plena. Afinal, todos(as) merecem respeito, valorização, tratamento e condições de desenvolvimento.

Atente-se sobre a Resolução nº 1/2018, que define o uso do nome social de travesti e transexuais nos registros escolares.

LGBTQIA+ Mas afinal, que T é esse?

De maneira geral, são indivíduos(as) que não se identificam com seu sexo biológico. Na grande maioria dos casos, a pessoa trans têm a necessidade de alterara a sua aparência física e adota roupas características do gênero com o qual se identifica. Muitos(as) se submetem a terapia com hormônios e realizam procedimentos para a modificação corporal, tais como: a colocação de implantes mamários, a cirurgia plástica facial, a retirada das mamas, a retirada do pomo de Adão, etc. Lembrando que identidade de gênero é diferente de orientação sexual, portanto uma pessoa trans pode ser heterossexual, homossexual, bissexual ou assexual.

Com informações: Organização Nacional das Nações Unidas (Onu), Instituto Gelédes.

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