20/9 - Greve Global por Justiça Climática APP-Sindicato

20/9 – Greve Global por Justiça Climática

Secretário de Meio Ambiente da CUT escreve sobre a mobilização mundial de combate às mudanças climáticas

Greve Global pelo Clima quer chamar a atenção dos governantes para as consequências das mudanças climáticas - Foto: Greenpeace

Mais uma vez vamos para as ruas defender os nossos direitos. Movimentos sociais, movimento sindical e diversas outras entidades defensoras do meio ambiente estão nesta sexta-feira aglutinando diversas pautas com o entendimento de que os retrocessos que vivenciamos hoje respondem a uma mesma lógica: a de lucrar às custas dos nossos direitos e do nosso futuro.

Neste dia 20 de setembro foi marcada uma convocatória mundial para chamar a atenção de governantes frente a urgência de tomar medidas reais para combater as mudanças climáticas, que ameaçam a nossa existência no planeta e as formas diversas de vida que nele habitam.

No Brasil, não só queremos fazer um alerta, mas também a denúncia de que o atual governo vem atuando de forma absolutamente irresponsável quanto aos ataques ao meio ambiente visíveis nas queimadas na Amazônia nas últimas semanas, a escandalosa permissibilidade de agrotóxicos desde o início do ano e o desmonte da legislação de proteção ambiental. Por outro lado, nossos direitos historicamente conquistados estão sendo rifados em troca de benefício de alguns poucos. Aposentadoria digna, educação e saúde pública de qualidade, direitos trabalhistas e muitas outras garantias estão sendo destruídas. As lutas contra esta destruição se juntam pois os interesses por trás destes são os mesmos.

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Tanto a crise ambiental e climática como a desigualdade e a perda de direitos que impactam a sociedade são resultado do modelo capitalista de desenvolvimento, onde a privatização de nossos direitos e a exploração da natureza são base fundamental para sua manutenção e onde a desigualdade gerada se reflete não só nas condições de vida como também na forma em que os impactos atingem as pessoas.

Nesse sentido quando reconhecemos a necessidade de uma mudança de modelo o fazemos demandando justiça climática, apontando que não são todos impactados da mesma forma, assim como não é igual o nível de responsabilidade e que não serão as respostas dadas pelo próprio mercado aquelas que trazem as soluções para a crise que vivenciamos.

O movimento sindical tem defendido que uma transição para um modelo de baixas emissões de carbono deve trazer para trabalhadores e trabalhadoras impactadas políticas que garantam uma transição justa, fazendo com que não sejam estes, a partir dos seus modos de subsistência, responsabilizados pela destruição do planeta.

Fazendo parte de uma disputa de modelo político, econômico e social, a bandeira ambiental se junta a outras por um modelo de desenvolvimento, onde os direitos que têm sido defendidos historicamente pelo movimento sindical se tornam indissociáveis.

#GreveGlobalPeloClima

Escrito por: Daniel Gaio, secretário de Meio Ambiente da CUT

Fonte: CUT

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