O acesso às escolas e a qualidade do ensino voltado às crianças e jovens das áreas rurais do Estado foram o centro do debate realizado na manhã dessa quinta-feira (23) na 19ª Jornada de Agroecologia, em Curitiba. Educadores(as), pesquisadores(as), estudantes e líderes comunitários se reuniram para refletir sobre o direito da população do campo à educação pública em seus territórios de moradia e de trabalho, respeitando as diversidades de cada comunidade.
Durante o evento houve o lançamento da Pesquisa Estadual Educação no Contexto da Pandemia de Covid-19: Escolas, atividades e condições de realização do trabalho pedagógico no campo do estado do Paraná. A pesquisa é uma iniciativa da Articulação Paranaense por uma Educação do Campo (APEC) e tem como fundamento a defesa do não fechamento de turmas, turnos e escolas campesinas.
“A Plenária resultou na construção de um documento que será enviado para a Seed. A intenção é que consigamos retomar mesa de debates sobre a valorização da educação no campo, pois o diálogo foi interrompido há dois anos”, explica a secretária Educacional da APP-Sindicato, professora Vanda Bandeira Santana.

A professora ressalta os riscos da padronização do currículo, da organização em multianos e da falta de concurso público e de valorização dos profissionais da educação. “A nossa atuação articulada é fundamental para garantir a permanência das escolas, bem como para reabrir as que foram fechadas, para atender o direito universal à educação a todas as comunidades”, diz Vanda.
O Sindicato e a Jornada de Agroecologia buscam manter escolas abertas, pois acreditam que essa é uma importante forma de apoiar a permanência desses trabalhadores(as) no campo e nas ilhas, o fortalecimento da agricultura familiar e da produção agroecológica.
Confira aqui a programação completa da Jornada de Agroecologia que acontece em Curitiba e termina no domingo (26).