Comemorado no dia 12 de junho, o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil tem como objetivo destacar os perigos e os riscos que muitas crianças trabalhadoras são expostas e as políticas necessárias para enfrentar essa prática.
Combater o trabalho de crianças e adolescentes é um dos compromissos da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A Confederação participa da Comissão Nacional e do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, que promovem todos os anos campanhas para lembrar a data.
Em 2016, a campanha aborda a participação da mão de obra de crianças e adolescentes nas cadeias produtivas. Muitas vezes esse trabalho fica oculto entre os prestadores de serviço da empresa que comercializa o produto final e o objetivo é dar visibilidade a essa situação irregular. As cadeias produtivas de vestuário, avicultura e construção civil foram escolhidas para ilustrar a campanha no Brasil.
A CNTE avalia que é preciso conscientizar a população para combater essa prática. E para isso produziu um Jornal Mural com informações sobre o tema, para ser debatido no ambiente escolar. O material foi distribuído nas escolas públicas de todo o país.
“A CNTE tem o compromisso junto com todas as suas entidades filiadas em todo o Brasil de trabalhar o Dia 12 de junho, nas escolas. O objetivo é sensibilizar pais, professores, agentes públicos e toda a sociedade para combater o trabalho infantil”, ressaltou a Secretária Executiva da CNTE Claudir Magalhães.
De acordo com dados do IBGE mais de 3 milhões de crianças entre 5 e 17 anos, trabalham no Brasil. Mais de 70 mil têm, no máximo 9 anos. Além de terem baixa remuneração, uma em cada quatro crianças deixa a escola e muitas estão submetidas às formas mais degradantes de trabalho.
Diante destes dados alarmantes o Tribunal Superior do Trabalho (TST) lançou, esse ano, a campanha “Trabalho infantil – você não vê, mas existe”. A campanha é composta de vídeos e spots que estão disponíveis, no site do tribunal, para serem veiculados em rede nacional de rádio e televisão, redes sociais e cinemas da rede Cinemark.
Segundo a Ministra do TST e uma das gestoras nacionais do Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho, Kátia Magalhães, a campanha visa sobretudo a conscientização de todos os cidadãos sobre o tema.
“Muitas vezes nós não temos consciência que a roupa que nós estamos usando pode ter sido alinhavada com mãos de criança, o carvão que a gente usa no nosso churrasco de final de semana, pode estar sendo feito com a exploração de pequenos. O fato de você não vê, ou de se recusar a ver que isso existe não vai mudar a realidade. É através da ação e não da omissão que nós vamos conseguir ter bons frutos”, ressaltou a ministra.
Fonte: CNTE