Pressão popular aumenta e Temer apela aos empresários APP-Sindicato

Pressão popular aumenta e Temer apela aos empresários

Em descompasso com o povo, que aproveitou o Carnaval para expressar sua reprovação ao governo e dia 19 estará nas ruas, Temer insiste na reforma da Previdência

Foto: Comunicação APP

O governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP), que não escuta a voz das ruas e nem representa a maioria do povo brasileiro, faz aliança com os 1% mais rico do País para tentar, por meio da pressão dos financiadores de campanhas políticas, aprovar uma reforma da Previdência impopular, que retira dos trabalhadores e trabalhadoras o direito de se aposentarem.

Enquanto a CUT, demais centrais e movimentos sociais conseguem apoio e adesão espontânea para a luta contra mais esse retrocesso, como é o caso da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que prepara novo texto contra a reforma da Previdência, o ilegítimo Temer pede socorro aos empresários para tentar forçar os deputados indecisos a votarem a favor da reforma, prevista para entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados a partir do dia 19 de fevereiro.

Em reunião com centenas de empresários no Palácio do Planalto, Temer entregou às confederações patronais uma lista com os nomes dos deputados indecisos. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também do MDB, foi o primeiro a se colocar a disposição para a tarefa antipopular.

Skaf se comprometeu em mobilizar as empresas filiadas para pressionarem os deputados e fazerem valer o peso do dinheiro, apelando para o discurso de que neste ano eleitoral, se não votarem a favor da reforma, não terão financiamento para suas campanhas.

Se votar, não volta! – Temer e os empresários aliados estão, na verdade, se apropriando da estratégia usada com sucesso pelo movimento sindical brasileiro, que, com suas ações nas ruas e nas redes, popularizou o lema “Se votar, não volta”, uma referência à eleição deste ano, quando muitos deputados brigarão para se reeleger e não terão o voto do povo se acabarem com o direito à aposentadoria.

“A diferença entre nós e eles é que os empresários pressionam usando o poder econômico e os movimentos sindical e sociais atraíram a população, ou seja, os eleitores, com informações sobre a proposta de Temer que, na verdade, acabará com a aposentadoria. Foi isso que fez o povo se apropriar espontaneamente da estratégia da CUT de alertar os parlamentares: se votar, não volta”, diz o presidente da Central, Vagner Freitas, que conclamou a  sociedade a participar e apoiar a greve do dia 19 de fevereiro contra essa reforma nefasta.

CNBB também é contra a reforma –  A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que já se posicionou contra a reforma da Previdência em março de 2017, divulgará semana que vem, após reunião de seu conselho permanente, um novo texto contrário a proposta do governo.

Ao lançar a Campanha da Fraternidade, o presidente da confederação, cardeal Sérgio da Rocha, disse que não se pode “admitir que os pobres e vulneráveis arquem com sacrifícios maiores quando se trata de reformas”.

Na mobilização anterior, a entidade convocou “os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados”.

Carnaval do “fora Temer” – O governo, que insiste em aprovar a impopular reforma, demonstra a cada dia que está completamente descolado da vontade e opinião da população brasileira, como se viu nas ruas e nas passarelas do samba neste feriado de Carnaval. O grito de ‘Fora Temer’ ecoou Brasil afora, além das fortes e contundentes críticas políticas e sociais que tomaram os blocos e os desfiles.

O carnaval de 2018 se tornou palco de manifestações políticas, com destaque para o desfile da escola Paraíso do Tuiuti, a vice-campeã do Carnaval do Rio de Janeiro e eleita a campeã do povo nas redes sociais. A agremiação surpreendeu o público ao explicitar o golpe de Estado vivido no País e as consequências desde que Temer assumiu o poder, como o fim dos direitos trabalhistas, retratado pela escola na ala que trazia a imagem das carteiras de trabalho rasgadas. O vampiro vestido com a faixa presidencial, em clara referência ao ilegítimo Temer, batizado de vampirão pelas redes sociais, se tornou o símbolo do Carnaval deste ano.

“Isso demonstra que o povo brasileiro está atento ao que o governo golpista de Temer está fazendo com nossos direitos. O Carnaval, importante festa popular que retrata a expressão do povo brasileiro, foi uma excelente oportunidade para que as pessoas pudessem se manifestar e dizer, de diversas formas, que não aceitam esse golpe”, avalia o presidente da CUT.

Pressão total contra o fim da aposentadoria – Restando duas semanas para iniciar a votação da reforma da Previdência, como previsto na agenda do Congresso, o presidente da CUT conclama a militância a intensificar a pressão aos deputados.

“É necessário utilizarmos todas as ferramentas criadas pela Central para pressionar os parlamentares. Além disso, é urgente que nossos sindicatos e entidades filiadas realizem assembleias em suas bases para aprovar a adesão à greve do dia 19, além de fazer visitas aos redutos eleitorais dos deputados”, convoca Vagner Freitas.

Para ajudar na batalha nas redes sociais e nas ruas, a CUT disponibilizou memes com foto e informações de cada parlamentar, que poderão ser impressas e usadas nos atos e utilizados nas redes sociais, como Facebook, Twitter, Instagram e Whatsapp.

São 366 memes – 195 de deputados que estão indecisos e 171 dos que estão com Temer pelo fim da aposentadoria. Ao acessar o link, duas pastas estarão disponíveis, com a lista dos deputados favoráveis à reforma e dos indecisos, separados por estado.

site Na Pressão, lançado em junho de 2017 e que permite contatar os parlamentares por e-mail, mensagens, telefone ou redes sociais, é outra ferramenta criada pela CUT para auxiliar na pressão aos deputados.

O site possibilita enviar, de uma só vez, e-mail para todos os parlamentares indecisos ou a favor da reforma do ilegítimo Temer.

“É só acessar o site e começar a pressão”, orienta Vagner.

Acesse abaixo os materiais separados por estado:
Acre – http://bit.ly/2Bb3wSu
Alagoas – http://bit.ly/2E6wgum
Amapá – http://bit.ly/2E4QMiR
Amazonas – http://bit.ly/2E8Moew
Bahia – http://bit.ly/2Bf1FfB
Ceará – http://bit.ly/2Eod1zu
Distrito Federal – http://bit.ly/2GSIacU
Espírito Santo – http://bit.ly/2BY1cLp
Goiás – http://bit.ly/2BJTrwZ
Maranhão – http://bit.ly/2BJcyY7
Mato Grosso – http://bit.ly/2sffCai
Mato Grosso do Sul – http://bit.ly/2E6p6u9
Minas Gerais – http://bit.ly/2sdMhgl
Pará – http://bit.ly/2BZn5Kk
Paraíba – http://bit.ly/2EHXJn3
Paraná – http://bit.ly/2FQcio8
Pernambuco – http://bit.ly/2E8UCaA
Piauí – http://bit.ly/2Em14dH
Rio de Janeiro – http://bit.ly/2BJFS0w
Rio Grande do Norte – http://bit.ly/2BJFSxy
Rio Grande do Sul – http://bit.ly/2FUf4ZA
Rondônia – http://bit.ly/2BYJAPv
Roraima – http://bit.ly/2E65DWm
Santa Catarina – http://bit.ly/2GS8La3
São Paulo – http://bit.ly/2E89e63
Sergipe – http://bit.ly/2BZvn4P
Tocantins – http://bit.ly/2BIqX6F

Fonte: CUT

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