Desafio é trazer a juventude para discutir a educação APP-Sindicato

Desafio é trazer a juventude para discutir a educação


O protagonismo dos trabalhadores no campo da educação e no trabalho foi a tônica do debate desta manhã de quinta-feira, 8, do Seminário Educação e o Mundo do Trabalho organizado pela Secretaria de Formação da CUT e confederações do ramo da Educação (CNTE, CONTEE, CONFETAM), que acontece em Florianópolis.

Participaram da mesa a secretária nacional de Formação da Central, Rosane Bertotti, o Gestor Público em Educação, Almerico Lima, o secretário nacional de Cultura da CUT, José Celestino, o representante da Escola Ciência e Trabalho do Dieese, Fausto Augusto e Djacira Araújo, da Escola Nacional Florestan Fernandes.

Em sua fala na defesa da educação profissional, Almerico apontou que o desafio é trazer a juventude para o centro do debate do ensino. “A educação sindical sempre foi discussão história dentro da CUT, entretanto, precisamos discutir com os jovens qual é a proposta para a educação profissional. Esse é o desafio”, disse.

Ele afirmou ainda que a “construção coletiva do conhecimento” sempre foi a marca da central. “A educação sindical não é algo recente, nesse aspecto, a CUT representa uma tradição, como também a escola do MST, do Diesse, que trazem a experiência popular de luta”, ressaltou.

Com a aprovação do texto-base da medida provisória que estabelece uma reforma no Ensino Médio, proposto pelo atual governo ilegitimo, José Celestino reiterou que é preciso unir forças para destruir o golpe.

“Aprovaram a reforma e mais uma vez a polícia militar demonstrou o que esse Estado policial está fazendo para destruir qualquer tentativa de derrotar o golpe”.

Representando o MST (Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra), Djacira agradeceu o ato de solidariedade ao ataque à Escola Nacional Florestan Fernandes e lembrou a importância de buscar a formação dos trabalhadores no campo, nas comunidades quilombolas e indígenas. “A elite brasileira tenta justamente mostrar aos trabalhadores que não existe diferença de projetos, mas nós temos as escolas de formação e devemos ampliar capacitação política e ideológica. E isso está chegando no campo”.

Educação como pauta estratégica

Também dirigente da Fetraf, Rosane Bertotti disse ser fundamental a CUT abraçar a pauta da educação. “Precisamos colocar essa discussão. Como nós vamos enfrentar estas alternativas se não pensarmos nas novas tecnologias, nos apropriando delas e construindo ferramentas para o mundo do trabalho?”, indagou a dirigente.

Ressaltou ainda a compreensão para as diversidades regionais. “Temos que olhar também a realidade do Amazonas, sair um pouco do Sul e Sudeste. Temos de compreender que a realidade do Sul não é a realidade do Norte, e isso vale como um alerta para a formação sindical. É uma compreensão importante que temos de fazer no mundo do trabalho”, reitera.

Feira da experiência da CUT

Para mostrar ao público que participa da atividade, foi montada uma feira da produção das escolas sindicais e dos movimentos sociais. Livros, folders, DVD´s, programas formadores e diversos outros materiais impressos contam aos participantes do seminário as experiências das escolas sindicais e de educação profissional da CUT, de escolas de formação de suas confederações e federações, assim como da Escola Nacional Florestan Fernandes. Elas realizam cursos de formação e qualificação profissional com os objetivos de ampliar a capacitação política de dirigentes e militantes, assim como a educação integral dos trabalhadores.

Dentro destes módulos, diversos programas formativos são voltados para desconstruir os preconceitos, programas de alfabetização, negociação coletiva, economia solidária, agricultura familiar, políticas públicas e formação de dirigentes.

Estiveram apresentando seus produtos na manhã desta quinta-feira, 8, a Escola Florestan Fernandes (MST), a Escola Centro-Oeste de Formação da CUT, Escola 7 de Outubro, Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) e Fetraf.

 

Fonte: CUT Nacional

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