Conselho Estadual define calendário de mobilizações diante dos novos ataques do governo APP-Sindicato

Conselho Estadual define calendário de mobilizações diante dos novos ataques do governo


Representantes dos 29 Núcleos Sindicais da APP-Sindicato, de todo Paraná, estiverem reunidos hoje (20), em Curitiba, para avaliar as últimas ações do governo do Estado. Os(as) Conselheiros(as) representam toda a base de sindicalizados(as) e são unânimes ao avaliar: os direitos dos(as) trabalhadores(as) estão sofrendo ataques intensos. A diminuição da hora-atividade, a punição dos(as) profissionais que se afastaram para tratamento de saúde, são exemplos que a educação não é prioridade para o governo Beto Richa (PSDB).

Na reunião, que se estendeu à tarde, os(as) Conselheiros(as) debateram qual o posicionamento da categoria diante das investidas. Após a fala do economista Cid Coordeiro, que apresentou o resultado das finanças do Estado e comprovou a viabilidade do pagamento dos direitos e da contratação de novos(as) profissionais, os(as) representantes aprovaram a constituição de uma coordenação de mobilizações, que deliberará sobre as ações do Sindicato até a próxima reunião do Conselho.

Para o presidente da APP, professor Hermes Silva Leão, é certo que o governo tenta atacar não só a educação pública, mas, também tem como intenção enfraquecer o trabalho de representatividade da APP e colocar a população contra os(as) educadores(as). “O governo quer provocar um entendimento equivocado da jornada da hora-atividade ao vender uma leitura que professor não quer ficar na sala de aula. Isso é perigosíssimo. Nós não somos indolentes, mas, a intenção é colocar a sociedade a favor das medidas arbitrárias dele”, reforça o presidente da APP.

“Hora-atividade é trabalho. O governo quer, além de colocar a sociedade contra a gente, desunir a categoria entre quem quer greve e quem não quer. Há uma desqualificação do nosso trabalho pedagógico, da nossa hora de estudo, de elaboração de tarefas e correção”, reforça a professora Vanda Santana, dirigente estadual da entidade.

Do outro lado, a Secretaria de Estado da Educação (Seed/PR), alega que errou no cálculo nos últimos anos, por isso, precisa fazer uma nova distribuição. “A nossa defesa de hora-aula é amparada pela Lei do Piso e pela Confederação Nacional de Educação. Foi aplicada no Estado depois de uma greve com mais de 80% de adesão, agora querem retirar o que é conquista e direito”, defende o presidente da APP.

Ações jurídicas – A APP-Sindicato já realiza os estudos jurídicos para uma ação contestando as medidas anunciadas e aguarda a publicação da resolução para ajuizamento do processo.

Após as avaliações, os(as) Conselheiros(as) definiram o calendário de mobilizações para as próximas semanas. Confira o que foi decido:

de 21 até o dia 24 de janeiro – Reunião dos Conselhos Regionais ampliados, para levar o que foi debatido nesta reunião do Conselho Estadual a cada um dos 29 Núcleos  Sindicais da APP, para que toda categoria possa avaliar e ampliar com propostas.

Até 25 de janeiro – Ação de levar às lideranças locais e regionais (imprensa, vereadores, prefeitos, deputados) o manifesto contra o ataque à categoria.

26 –  Atividade com representantes dos Núcleos.

28 ou 29 de janeiro – Em Curitiba, reunião da coordenação de mobilização para avaliação.

1 de fevereiro – Ato público às 13 horas, no Centro Cívico, em Curitiba, com o conjunto das categorias  – Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), durante abertura dos trabalhos, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

1 de fevereiro – Realização da Assembleia na Escola – ação de debate e resistência  durante o primeiro dia de distribuição de aulas.

10 de fevereiro – Reunião do Conselho Estadual da APP-Sindicato.

11 de fevereiro – Assembleia da categoria em Maringá

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