CNTE e Sintego realizam Ato Nacional em Goiânia APP-Sindicato

CNTE e Sintego realizam Ato Nacional em Goiânia


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) realizou na manhã desta terça-feira (02/02), em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), um Ato Nacional contra a implantação das Organizações Sociais (OS) nas Escolas Públicas do Estado. A manifestação ocorreu no Coreto da Praça Cívica, com a presença de professores, alunos, onze sindicatos e diversas entidades socais como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Segundo a presidente do Sintego, Bia de Lima, a entidade é contra a implantação das OS’s porque ela destrói a carreira dos trabalhadores da Educação e destrói a perspectiva da escola pública. De acordo com ela, está equivocada a ideia de que para que a escola deve ser entregue ao setor privado para funcionar. “O Sintego não teve governo nenhum. Somos gente de luta, que defende a escola pública de qualidade”. Bia também afirma que existem outros interesses com a medida, como o lucro.

“Na verdade, você entrega a escola pública, entrega os estudantes, entrega os recursos públicos para a Organização Social lucrar as custas dos trabalhadores. Nós precisamos mais que nunca mostrar que não é este o caminho. Estamos aqui para dizer em alto e bom tom que defendemos a escola pública, que o governo vem estrangulando há anos”, disse Bia de Lima.

Sobre a ocupação das escolas por estudantes, Bia de Lima ressaltou que o Sintego apoia o movimento, e chamou os alunos de corajosos. “Nós estamos ao lado dos alunos e achamos que essa iniciativa é uma aula de cidadania. Mas o Sintego entende que é preciso iniciar as aulas, para não prejudicar o ano letivo, e por isso, dizemos aulas sim, OS’s não”.

A representante da APP-Sindicato na direção da CNTE, Lirani Maria Franco, explica que o ato foi unificado. “Foi um ato bem representativo, com participação da CUT, CNTE e outras entidades. Também foi um ato unificado contra as OS que o governo quer implementar nas escolas. A proposta do governo é que várias escolas estaduais tenham a gestão feita por uma OS. Nós defendemos a escola pública, pois sabemos que, por trás de tudo isso, está a mercantilização da educação. Ou seja, o caminho para a privatização das escolas. E, também, estávamos nos colocando contra a privatização da companhia de energia elétrica da região. Neste ato nós tivemos várias falas denunciando esta ação do governo”, explica.

A estudante Taís Duarte, que está ocupada no Colégio Estadual José Lobo, e participou da manifestação, afirmou que os alunos, por enquanto, não estão pensando em novas ocupações, mas sim em estratégias para conseguir apoio da comunidade. “Junto com alunos, pais e professores, a comunidade em geral, a gente elaborou um projeto, que foi aceito pelo Conselho Estadual de Educação, para a volta às aulas mesmo com o caráter de ocupação das escolas”, disse ela.

Para a CNTE, é importante pressionar o governo a recuar, como fez o governo de São Paulo. “Esta manifestação teve a ampla participação dos alunos e educadores. Pedimos que a medida seja discutita ao longo de 2016 com cada escola. Às 16h nos reuniremos com a secretária de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Raquel Texeira, com o objetivo de pedir a suspenção da privatização”, conta Marta Vanelli, secretária geral da CNTE.

Nove representantes da CNTE estiveram presentes no ato: Marta Vanelli, secretária geral; Edmílson Lamparina, secretário de funcionários; Iêda Leal, secretária de combate ao racismo; Joel de Almeida, secretário de imprensa e divulgação; Marilda Araújo, secretária de organização; e os secretários executivos Alvísio Jacó, Berenice Jacinto, Lirani Maria Franco e Paulina Almeida. 

(Com informações do Diário de Goiás e CNTE)

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