Greve contra Reforma da Previdência e ataques de Richa mobiliza educadores(as) paranaenses APP-Sindicato

Greve contra Reforma da Previdência e ataques de Richa mobiliza educadores(as) paranaenses

Manifestação em frente ao INSS e aula pública na Boca Maldita marcam o dia de protestos na capital

Foto: APP-Sindicato

Hoje (19) é dia de greve geral no país. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), as demais centrais sindicais e diversos movimentos organizaram um dia de protestos contra a votação da Reforma da Previdência, prevista para ser concluída agora em fevereiro.

No Paraná, os(as) trabalhadores(as) da educação, decidiram em assembleia geral da categoria que não iniciariam o ano letivo nesta segunda também em respostas aos ataques de Beto Richa (PSDB).

A movimentação começou com panfletagem às 8 horas no Terminal Guadalupe. Os(as) trabalhadores(as) seguiram com a panfletagem em frente à agência do INSS. Na sequência, os(as) manifestantes seguiram para Boca Maldita, onde o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, ministrou uma aula pública sobre os impactos da Reforma e sobre os direitos dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola que andam sendo perseguidos pelo governo Richa. “Denunciamos também o nosso governador Beto Richa que, na educação, vem descumprindo as leis, reduzindo salários, uma situação insustentável. Nós estamos na rua fazendo essa luta e pedindo o apoio da sociedade em defesa da escola pública do Estado do Paraná”, explicou o presidente.

O professor Mateus Martins Viudes, da rede municipal de Piraquara, participou do ato e sintetiza a preocupação de milhares(as) de trabalhadores(as). “Faz um ano que comecei a trabalhar como professor, minha carreira é muito recente e o que eu sinto é desespero. Eu sou formado, concursado e imagino que vários dos direitos adquiridos pelo esforço de uma geração estão ameaçados por um presidente. É medo, é desespero e um sentimento de desvalorização. É por isso que estou hoje aqui, para lutar”.

No Paraná, a pauta deste dia de greve  inclui o cumprimento da hora-atividade, da data-base,a abertura de concurso público, entre outros pontos que refletem diretamente na rotina das escolas e dos(as) educadores(as) e estudantes, com resultados negativos ao aprendizado.

Fique por dentro da Reforma – São necessários, pelo menos, 308 votos para garantir a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência. O texto que prevê o aumento da idade mínima de concessão da aposentadoria para 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos para os homens. O projeto demandaria do trabalhador(a) o mínimo de 25 anos de contribuição para acessar a aposentadoria por idade, não integral.

“Denunciamos e somos contra a Reforma da Previdência,  que precariza os direitos do povo trabalhador. Ela não ataca os privilegiados, que são os altos salários do poder judiciário e do Poder Legislativo e não ataca os grandes empresários que são, de fato, os grandes devedores da Previdência. Nós trabalhadores não somos os devedores da Previdência, pelo contrário, nós temos crédito”, salienta o presidente da APP.

Às 14 horas está programada panfletagem com manifestação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

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