Dr. Rosinha critica ato “chapa branca' APP-Sindicato

Dr. Rosinha critica ato “chapa branca’


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“Além de chapa-branca, a manifestação foi artificial. Mobilizaram uma claque de funcionários comissionados”, afirma deputado da esquerda petista. Dr. Rosinha critica o uso da máquina pública e defende desconto salarial dos chefes presentes ao “evento”
O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), integrante da esquerda petista, classificou na sexta-feira (16/12) como “chapa-branca” e “artificial” o ato organizado esta semana pelo PMDB em Curitiba a favor do secretário estadual Maurício Requião (Educação), irmão do governador peemedebista Roberto Requião.
Realizado na tarde da última quarta-feira (15/12), o ato reuniu cerca de 300 pessoas —boa parte delas detentoras de cargos comissionados (preenchidos sem concurso público) da administração pública estadual.
Em frente à sede estadual da APP-Sindicato, entidade que representa os servidores estaduais da área de educação, os manifestantes ergueram faixas que reproduziam agressões feitas na semana anterior pelo irmão do governador contra o presidente da APP, professor José Lemos. Uma das faixas classificava o dirigente sindical, recentemente reeleito para o cargo, como “chupa cabra”.
“Além de chapa-branca, a manifestação foi artificial. Mobilizaram uma claque de funcionários comissionados para fazer a vontade do irmão do governador”, avalia Dr. Rosinha. “Foi, acima de tudo, um desrespeito aos movimentos sociais.”
Por volta das 15 horas, a assessoria do parlamentar da esquerda petista registrou a presença de uma série de detentores de cargos de chefia do governo estadual –inclusive do primeiro escalão. Entre eles estavam Ricardo Gomyde (PCdoB), diretor da Paraná Esporte, e Benedito Pires, chefe da Comunicação Social de Roberto Requião.
“A manifestação de apoio ao trabalho realizado pelo governo na área da educação foi uma iniciativa do ‘Comitê Suprapartidário pelos Avanços da Educação’”, dizia trecho de matéria veiculada esta semana pela agência de notícias do governo paranaense.
Falta a descontar – Em pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados, Dr. Rosinha criticou o uso da máquina pública para o “evento”. Defendeu inclusive que haja o desconto na folha de pagamento dos detentores de cargo de chefia que estiveram presentes, inclusive dos titulares do primeiro escalão.
“Causa-me profunda estranheza o fato de o PCdoB, que se afirma comunista, também participar ativamente de um ato desse tipo”, afirma Dr. Rosinha. “Todos os detentores de cargo no governo deviam levar falta nesse dia.”
Carros oficiais, entre eles o da emissora TV Educativa, pertencente à administração pública estadual, também foram flagrados.
“Maurício quer seguidores” – O deputado criticou a série de demissões, promovida pelo governo estadual, de professores contratos sob o regime da CLT. “Sempre defendemos a realização de concurso público, mas não podemos admitir que o governo faça demissões em massa sem ao menos discutir o assunto com a categoria e com a sociedade.”
Entre as críticas feitas por Dr. Rosinha estão algumas relacionadas à falta de critérios objetivos das provas do concurso público. Parte das vagas sequer foi preenchida. “Pessoas com mais 15 anos de serviço foram demitidas.”
Quanto à ocupação da sede da Secretaria de Estado da Educação, que durou cinco dias, Dr. Rosinha afirma que o fato foi conseqüência da falta de diálogo do secretário Maurício Requião. “Ele fez pouco caso das reivindicações da categoria”, afirma o deputado petista. “O Maurício Requião não sabe dialogar. Ele quer mais é seguidores.”
Texto de Fernando César de Oliveira, da assessoria do deputado Dr. Rosinha

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